Histórico
"No Brasil, a história dos materiais celulósicos para papel começa em 1790, quando o botânico português Frei José Mariano da Conceição Velloso, publica no Rio de Janeiro a sua "Flora Fluminensis", indicando espécies capazes de uso na produção de papel.
Em 1809, Frei Velloso, oficiando ao Ministério Real, anexa uma amostra de papel feito de embira e anuncia planos para a fabricação futura de papel alvejado.
Esse ofício e a amostra do papel de embira podem ser vistos no Museu Imperial de Petrópolis, no Arquivo do Castel D`eu, com os dizeres: "O primeiro papel que se fez no Brasil em 16 de novembro de 1809.
Outras referências ao uso de materiais celulósicos para fabricação de papel, no século XIX, indicam a utilização (bem sucedida), na Bahia e no Rio de Janeiro, de troncos de bananeira, pita e gravatá.
A produção industrial de celulose, no Brasil, a partir do pinheiro, inicia-se no Paraná, em Monte Alegre, no início dos anos 40, pelos processos Sulfito e Soda/Enxofre, instalando-se a primeira fábrica pelo processo Kraft na década de 50.
A produção em grande escala de celulose de Eucalipo, pelo processo Kraft, foi iniciado no Estado de São Paulo, em 1957, estabelecendo-se o caminho para a grande etapa de industrialização da celulose que, em menos de um quarto de século, levou o Brasil a posição de 6º. produtor do mundo."
O texto acima foi extraído da apostila Histórico da Celulose de Benjamin Solitrenick e, juntamente com outros textos sobre o assunto, pode ser consultado na Bracelpa.
No Brasil, as florestas plantadas são a principal matéria-prima para a produção de celulose e papel. Manejadas dentro das mais avançadas técnicas da silvicultura, as plantações de pínus e eucalipto para fins industriais só ocupam áreas anteriormente degradadas pela agricultura e pecuária intensiva.
Entre as empresas associadas à Bracelpa, 23 mantêm operações florestais 390 municípios distribuídos em 12 estados brasileiros.
A base florestal do setor é de 1,7 milhão de hectares com plantio de pínus e eucalipto. As empresas do setor mantêm, recuperam e preservam outros 2,7 milhões de hectares de áreas naturais que abrangem a totalidade das áreas de preservação permanente e de reserva legal, em percentuais muito superiores ao mínimo exigido pela legislação ambiental brasileira.
As florestas plantadas são uma importante fonte renovável de recursos naturais que, entre inúmeras vantagens, ajudam a preservar nossas florestas nativas.
No Brasil, além do setor de celulose e papel outros segmentos se utilizam de florestas plantadas de eucalipto e pínus, numa área total estimada em 5,4 milhões de hectares, que representa 0,5% do território nacional.
O setor de celulose e papel responde por 33% deste total, representando uma importante contribuição para a economia do país, na geração de empregos, impostos e superávit na balança comercial brasileira.
Fonte:Guilherme Mendes Ayala / Alpha FM